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4 minutosNos últimos anos, um novo termo ganhou destaque nas discussões sobre clima organizacional e engajamento: Quiet Quitting. Embora a tradução literal seja “demissão silenciosa”, o conceito não significa que o colaborador está deixando o emprego. Na verdade, ele continua na empresa, mas apenas faz o mínimo necessário, sem demonstrar envolvimento, entusiasmo ou proatividade.
Esse fenômeno vem crescendo nas organizações e pode gerar sérios impactos na produtividade, cultura e resultados corporativos. Mas, afinal, o que leva alguém a adotar essa postura e como o RH pode reverter o cenário? Vamos entender melhor.
Existem diversas razões que podem levar ao Quiet Quitting. Em muitos casos, ele surge como uma resposta a problemas culturais ou de liderança. Alguns dos principais fatores são:
Assim, o Quiet Quitting é muitas vezes um sintoma de insatisfação, e não uma escolha consciente por preguiça ou falta de vontade.
É preciso saber identificar os sinais para atuar preventivamente. Geralmente, o Quiet Quitter apresenta algumas características bem marcantes:

Os impactos do Quiet Quitting vão além do desempenho individual. Quando um membro da equipe adota essa postura, o restante do grupo sente os efeitos rapidamente.
Em primeiro lugar, há uma queda na produtividade coletiva, já que as tarefas deixam de fluir com o mesmo ritmo e colaboração. Além disso, o clima organizacional se torna mais tenso, pois os colegas percebem o desinteresse e podem se sentir sobrecarregados.
Com o tempo, esse comportamento pode afetar também a reputação da liderança, gerando desconfiança e desmotivação. E, se nada for feito, o cenário evolui para altas taxas de turnover e baixa retenção de talentos.
O RH e a liderança têm um papel essencial na prevenção e no combate ao Quiet Quitting. Felizmente, há diversas estratégias que ajudam a reverter esse quadro e fortalecer o engajamento. Veja algumas delas:
Promover um ambiente onde as pessoas se sintam ouvidas é o primeiro passo para recuperar a confiança. Em vista disso, realize check-ins individuais com os colaboradores, mas não fale apenas sobre tarefas; pergunte sobre a carga de trabalho, os desafios e o bem-estar.
Além disso, disponibilize um canal de feedback seguro onde os colaboradores possam expressar seus sentimentos sobre a gestão e a cultura sem medo de retaliação.
O reconhecimento é um dos principais antídotos contra o desengajamento. Pequenas ações, como elogios públicos, bonificações ou oportunidades de desenvolvimento, fazem grande diferença no sentimento de pertencimento.
Outro ponto de sugestão é: se uma equipe precisar trabalhar mais, garanta que haverá uma folga compensatória ou bônus, ou seja, ligue o esforço à recompensa.
Colaboradores que percebem crescimento profissional e entendem o impacto de seu trabalho se sentem mais motivados. Portanto, invista em treinamentos, planos de carreira e comunicação transparente sobre os objetivos da empresa.
O esgotamento emocional é uma das maiores causas do Quiet Quitting. Incentivar pausas, férias e políticas de bem-estar ajuda a manter equipes mais saudáveis e engajadas.
Oferecer autonomia para os colaboradores com controle sobre como e quando executam suas tarefas também aumenta a sensação de propósito
Muitos casos de Quiet Quitting estão ligados à forma como o líder conduz sua equipe. Por isso, é imprescindível que eles saibam como inspirar e motivar, e não apenas como delegar, então disponibilizar capacitações em liderança empática e gestão humanizada é essencial para construir relações de confiança.
O Quiet Quitting nem sempre é fácil de perceber, mas os sinais aparecem cedo.
Com o módulo de Absenteísmo da Vixting, o RH ganha uma visão completa sobre a saúde, segurança e presença dos times, identificando padrões de faltas, atrasos e afastamentos que indicam queda de engajamento e fortalece a produtividade, permitindo agir preventivamente antes que o desinteresse evolua para um problema maior.
O Quiet Quitting nas empresas é um sinal de que algo precisa ser repensado na cultura organizacional. Mais do que um modismo, ele revela a urgência de práticas de gestão que priorizem diálogo, propósito e equilíbrio.
Quando o RH atua de forma preventiva e estratégica, é possível transformar o desengajamento em oportunidade, criando times mais motivados, produtivos e conectados aos valores da empresa.
Por Letícia Freitas
Por Letícia Freitas
Por Letícia Freitas
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