O documento visa auxiliar na identificação de riscos presentes nas atividades executadas dentro das organizações. Assim, são definidas ações de controle capazes de assegurar que tais situações não resultem em acidentes ou doenças ocupacionais.
Quer saber mais sobre o assunto? Então, continue a leitura para descobrir a utilidade da APR e como realizá-la!
O que é análise preliminar de risco?
Trata-se de uma avaliação prévia dos riscos que podem surgir em todas as etapas de determinada atividade. Após a detecção de acidentes ou problemas, por exemplo, devem ser adotadas medidas corretivas e preventivas para neutralizá-los ou eliminá-los.
Com isso, é possível criar um ambiente de trabalho mais seguro e saudável para os colaboradores, além de reduzir possíveis complicações durante a execução de um trabalho ou projeto. Entre os principais objetivos da análise preliminar de riscos, estão:
- identificação dos riscos e das causas existentes em todas as atividades dentro da empresa;
- estabelecimento de medidas de prevenção que busquem mais segurança para todos;
- orientação e capacitação dos colaboradores sobre os riscos existentes.
A APR é obrigatória nas seguintes situações:
- segurança e saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis (NR-20);
- segurança no trabalho em máquinas e equipamentos (NR-12);
- segurança e saúde no trabalho em espaços confinados (NR-33);
- condições de ambiente de trabalho na indústria e reparação naval (NR-34);
- trabalho em altura (NR-35);
- segurança e saúde no trabalho em empresas de abate e processamentos de carne ou derivados (NR-36);
- condições e ambiente de trabalho na indústria da construção (NR-18).
O documento também auxilia diversos programas de segurança do trabalho, como PPRA, mapa de risco, PCMSO, PCA e PPR.
Como elaborar o documento?
A APR é preenchida no formato de um formulário, cujo cabeçalho inclui data, local, atividade inspecionada, responsável e participantes. Essas informações devem ser seguidas dos seguintes itens: perigo, ameaça ou risco, causa, efeitos, classificação e medidas preventivas.
Para tanto, siga o passo a passo abaixo.
Conheça o ambiente
No momento de identificar os riscos ou as ameaças, faça uma visita ao local de execução das atividades para compreender melhor suas características. Conheça também tudo o que está relacionado aos processos, como os materiais, produtos químicos e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
A elaboração da análise preliminar de risco deve contar com a participação de todos os colaboradores da empresa. Colete o máximo de informação possível para fazer a listagem dos riscos, incluindo aqueles em potencial.
Analise os dados
Está na hora de anotar detalhadamente os dados. Nessa etapa, você tem que identificar todas as causas (agentes) e vulnerabilidades encontradas em cada setor ou atividade específica, assim como quem são os colaboradores e os bens expostos aos riscos resultantes.
É feita a análise qualitativa, em que é definido onde estão os riscos. Mas ela não consegue mensurar a intensidade desses fatores, então a próxima etapa é a análise quantitativa dos agentes ambientais.
Estime os danos e efeitos
Nesse ponto, você precisa caracterizar os riscos em:
- desprezíveis — que não geram lesões, danos ou perdas;
- marginais — que causam danos ou perdas moderados, mas não levam a lesões;
- críticos — que geram danos ou perdas críticas, com lesões;
- catastróficos — que desencadeiam perdas ou danos totais e até lesões ou mortes.
Não se esqueça de utilizar o histórico de ocorrência dos problemas para determinar a intensidade dos riscos. Tudo isso permite identificar quais são os pontos que precisam de ações corretivas imediatas.
Defina ações de controle
Estabeleça procedimentos seguros, de acordo com os riscos identificados, para prevenir acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais. Comece a colocar em prática e revise o procedimento toda vez que houver mudanças no ambiente de trabalho ou quando for identificado um potencial risco.
Defina também as responsabilidades no que se refere ao controle de riscos. Ou seja: determine quem será designado para a execução das ações corretivas ou preventivas em cada unidade ou atividade a ser desenvolvida na empresa.
Compartilhe as informações com os colaboradores
Oriente e instrua os colaboradores sobre os riscos existentes em suas tarefas, seja para os profissionais contratados ou aqueles de empresas terceirizadas. Alguns acidentes podem ser causados por falhas humanas ou negligências.
Portanto, promova treinamentos e palestras constantemente, conscientize a equipe acerca da importância de adotar as medidas estabelecidas para evitar problemas e crie uma cultura de segurança do trabalho e da saúde.
Quem assina a análise preliminar de risco?
A assinatura da APR, bem como sua aplicação, envolve a presença de vários responsáveis (incluindo os membros do SESMET). Esses profissionais são contratados pelas empresas com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade física dos trabalhadores.
O SESMET auxilia no processo de aplicação da análise preliminar de risco. São buscadas melhorias importantes para garantir o bom funcionamento das atividades ou dos processos, o que contribui para oferecer um ambiente de trabalho mais seguro aos colaboradores.
Presença do supervisor
Também deve haver a presença de um supervisor, que é responsável pela guarda e conservação da análise preliminar de risco, por informar o extravio do documento e torná-lo acessível aos demais membros. Ele assegura, ainda, que as atividades serão iniciadas após a elaboração da APR.
Os supervisores devem preencher e assinar o documento, garantindo que os demais façam o mesmo. Caso seja identificada alguma situação de risco, é preciso avaliar a necessidade de interromper o trabalho e solicitar as medidas cabíveis.
Tanto o SESMET quanto o supervisor têm as obrigações de assegurar que os colaboradores sejam informados sobre os riscos existentes em suas atividades, além de como proceder em situações críticas, prestar orientação técnica (quando necessário) e acompanhar a aplicação efetiva da APR.
Como vimos, a análise preliminar de risco é fundamental para as empresas. Isso porque a prática:
- identifica os riscos existentes;
- determina quais problemas podem aparecer;
- possibilita a criação de métodos para a restrição de danos no futuro;
- serve para designar o responsável pela implantação das atividades em cada unidade.
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